Thursday, December 31, 2009

diz-me amor, como são os teus sonhos
e canta, rouxinol, ao luar
como mil guitarras, chorar
diz-me amor, diz-me amor


vem amor, vem e cai nos meus braços
ao ver-te fico aqui sorrindo
e o teu coração sentindo
vem amor, vem meu amor


(com o intuito de ser musicado pelo grupo de fados Literatus)

Saturday, December 12, 2009

saber voar, como voam os pássaros
é viver longe de amarras, correntes
é beijar-te a toda a hora, amor
e suar de ti, morrer sem dor

Wednesday, December 02, 2009

prefácio para uma amiga

Escrita de fim de tarde, num banco de jardim de um qualquer Outono suave, é o que nos espera nos pequenos textos que se seguem, nas expressões tímidas de adolescente que se faz mulher e se nos dá, corando. São canções dum mundo despretensioso e sem qualquer tipo de “querer que seja”, mas dum “gostava que fosse” hesitante, incompreendido, gritado aos ventos com palavras simples, como todas elas deveriam ser. E quando pensamos em tudo isto que aqui lemos, percebemos um pouco melhor esta vida que sonha com amor e com as pequenas coisas da vida, e que, como nós, se deita no chão olhando o céu, o mesmo céu que também nós olhamos.
in "O mesmo céu" de Bárbara Neves