Thursday, December 26, 2013

Alice disse sim e riu-se
Disse sim e riu-se Alice 
Sim e riu-se Alice disse
E riu-se Alice disse sim
Riu-se Alice disse sim e
Riu-se, Alice.

Wednesday, July 11, 2012

gajo, ainda estás vivo?

Saturday, September 03, 2011

há coisas que são mais coisas que outras coisas que o tentam ser.
coisas que são mais coisas que outras coisas que o tentam ser. há
que são mais coisas que outras coisas que o tentam ser. há coisas
são mais coisas que outras coisas que o tentam ser. há coisas que
mais coisas que outras coisas que o tentam ser. há coisas que são
coisas que outras coisas que o tentam ser. há coisas que são mais
que outras coisas que o tentam ser. há coisas que são mais coisas
outras coisas que o tentam ser. há coisas que são mais coisas que
coisas que o tentam ser. há coisas que são mais coisas que outras
que o tentam ser. há coisas que são mais coisas que outras coisas
o tentam ser. há coisas que são mais coisas que outras coisas que
tentam ser. há coisas que são mais coisas que outras coisas que o
ser.

Thursday, June 16, 2011

é mentira. dizes que as árvores não são poisos para ti. não são sombras para ninguém. não são certezas de nada.
foste tu quem mo disse. e sentada aos seus pés, digo, raízes, dormiste descansada.
não percebo tamanha incoerência.
riste-te, como quem goza afinal. não percebo nada
dessa tua indecência.

Sunday, June 12, 2011

repara como é bonito o tecto.
repara como são escuras as sombras
no tecto. reparo em ti a reparar e
pergunto-me, qual o sonho que vês
no tecto. se o mesmo sonho que eu
vejo em ti, tu o vês, no tecto, acaba por
não ser tecto, mas sim chão, o nosso.
mas e então o nosso tecto?

Saturday, June 11, 2011

hoje sou eu quem fica à espera
sou eu quem fica à espera hoje
eu quem fica à espera hoje sou
quem fica à espera hoje sou eu
fica à espera hoje sou eu quem
à espera hoje sou eu quem fica
espera hoje sou eu quem fica à
espera.

Tuesday, August 10, 2010

guardei-te no bolso, mais uma vez. o papel que te embrulhou é prata, alumínio se quiseres, e cheira a ti, que te lá enroscaste, aninhaste, se quiseres. ainda o tenho na mão porque ainda não quero admitir que te deixei ir. trago-te sempre comigo, no bolso, e cinco minutos apenas bastam para te lembrar no peito, onde dói, quando não estás. a saudade de te ter tido no meu abraço. e são então horas de te lembrar, no bolso furado que te largou, que não se deixa coser, que não deixa apagar o facto de teres de ir, quando vais, quando eu te deixo ir, se quiseres. são facas que se espetam, paus que me batem, correntes que me prendem, saudade, se quiseres.